sábado, 25 de setembro de 2010

Discos da Minha Vida - 7

Led Zeppelin - Led Zeppelin IV

John "Bonzo" Bonham - 30 anos sem "Moby Dick"

  
1948-1980

And it's whispered that soon if we all call a tune,
then the Piper will lead us to reason.
And a new day will dawn for those who stand long,
and the forests will echo with laughter 

30 anos sem Led Zeppelin


No dia 25 de Setembro de 1980, há precisamente 30 anos, a banda de rock Led Zeppelin chegou ao fim devido à morte prematura do baterista John Bonham devido a asfixia com o próprio vómito depois de ter bebido demasiado álcool no dia anterior. Os restantes elementos da banda decidiram que aquele devia ser o fim do grupo porque seria impossível continuar sem Bonham e manter o nome Led Zeppelin, portanto cada um seguiu o seu caminho.

A banda inglesa era composta por Robert Plant, o vocalista, John Bonham, o baterista, John Paul Jones, o baixista e Jimmy Page, o genial e tímido guitarrista, a principal figura da banda (embora não fosse assumidamente o “líder”, os Zeppelin jamais teriam o sucesso que tiveram sem ele. Keith Richards até diz que Led Zeppelin is Jimmy Page, the shy boy).

Nos anos setenta os Led Zeppelin gozaram de grande sucesso e foram uma das mais conhecidas e influentes bandas da época. Entre outros grandes clássicos são responsáveis por músicas como Stairway to Heaven, Since I’ve Been Loving You, Immigrant Song e Kashmir.

Os Led Zeppelin eram uma banda cuja inegável importância e influência contribuirão sempre para a difusão do seu nome, fazendo com que a sua música circule durante muitos anos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Die Hard por Konstantin Bronzit


Haverá minuto de cinema mais inteligente, espantoso e genial que este? Bronzit critica a loucura e estupidez dos filmes americanos violentos em que tiros são disparados em todas as direcções sem qualquer razão aparente.
As imagens utilizadas são tão poderosas, que as palavras de pouco servem para descrever esta hilariante obra-prima do cinema constítuda por apenas um minuto.

10/10

Página do Imdb para o filme

Mais informações sobre Bronzit no blog

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Discos da Minha Vida - 6

Sex Pistols - Nevermind the Bollocks, Here's the Sex Pistols (1977)

American Psycho - A Loucura do Consumista



Este filme, realizado no ano 2000 por Mary Harron e interpretado por Christian Bale, pretende reflectir sobre inúmeras questões muito interessantes.
A acção passa-se nos anos 80. Os yuppies, trabalhadores de Wall Street, viviam prosperamente. Os anos dourados de Ronald Reagan. O consumismo nunca atingira aquelas proporções. Patrick Bateman é um desses yuppies, um homem complexo que não convive bem com a ideia de conformismo dos seus amigos. Ao contrário do que seria de esperar, Bateman não se afasta do seu meio (até porque quer fazer parte dele), mesmo tendo consciência de que os seus amigos vivem uma vida espiritualmente vazia, sem emoções em que o quotidiano assume o seu controlo sobre as suas existências. O dia-a-dia de Patrick Bateman é tão entediante que ele precisa de encontrar um meio de fugir à normalidade, de se diferenciar dos outros, de escapar à sua realidade, portanto, Bateman, nas suas escapadas nocturnas inicia jogos macabros com prostitutas, encontros com colegas de trabalho que acabará por matar, etc…



Neste filme temos um claro caso de dupla personalidade. O Bateman calmo, muito semelhante aos seus colegas, com um gosto requintado, boa música, bons restaurantes, boas roupas, resumindo, boa vida. Ele e o seu grupo de amigos são a personificação do consumismo. Esbanjam dinheiro em tudo e conversam de coisas superficiais, levando uma existência vazia e quase ridícula. O Bateman nocturno (porque é maioritariamente à noite que o monstro se liberta) é obscuro, profundo e corroído pelo ódio a tudo e todos que o rodeiam. O Bateman nocturno vai tomando poder e, a meio do filme, apodera-se definitivamente do pacífico e trabalhador yuppie. Quando isso acontece temos uma fusão entre o homem consumista, preocupado com as aparências e o estatuto e um depravado serial-killer. Essa união acaba por resultar num verdadeiro monstro disposto a destruir tudo e todos. A “concorrência” de Bateman, os yuppies que o superam no trabalho, aqueles que se vestem melhor e, principalmente, os que têm cartões de apresentação melhores (a cena é assustadora) são alvo do ódio eterno daquele homem profundo. A necessidade de superar os adversários, o desejo de se ser o melhor são coisas que estam sempre em voga, principalmente quando se fala do Homem como espécie. A ambição de se ser superior aos concorrentes para se ter mais estatuto e ser tido mais em conta pelos que lhe estão próximos foi sempre determinante na evolução do Homem ao longo dos séculos. Este filme aborda esse tema de um modo muito inteligente, o que o torna num dos mais importantes exercícios cinematográficos do ano 2000.

A realização contida de Mary Harron dá ao filme um toque irreal e aquele final misterioso que nos deixa a pensar na verdadeira essência dos actos da personagem principal são pequenas coisas que tornam o filme melhor.

A interpretação de Bale é estranha. O actor norte-americano interpreta Bateman de uma forma muito diferenciada de cena para cena. Este facto dá à personagem a desejada dupla personalidade que a caracteriza. Tenho muita dificuldade em classificar ou falar da interpretação de Christian Bale.



Bateman é, também, um fanático na manutenção da linha. “Podemos sempre parecer mais magros” diz, a certa altura. Essa frase encerra em si o espírito da personagem. Podemos sempre ser melhores, ou, pelo menos parecê-lo, e é isso que ele deseja, parecer melhor. Patrick Bateman é um exagero da realidade, mas não anda muito longe dela…

Caricatura de uma estranha realidade

Influência dos E.U.A.?

As duas últimas imagens podem abrir caminhos a novas discussões, pelas quais não enveredarei, até porque sou suspeito no que toca aos E.U.A., mas mostram quão complexo é o filme.

American Psycho é um filme poderoso, que pode ser visto como uma crítica mordaz ao conformismo e ao consumismo, mas também pode ser visto como uma comédia macabra ou, porque não (?), ambas as coisas…

7,5/10

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Discos da Minha Vida - 5


Arcade Fire - Funeral (2004)

As 8 capas de "The Suburbs"

Uma das melhores bandas do momento, Arcade Fire, lançou há muito pouco tempo o seu terceiro álbum, The Suburbs, antecedido por Funeral e Neon Bible. Este novo álbum tem a particularidade de ter 8 capas distintas umas das outras:

 

É uma fotografia semelhante em todos os casos: um carro vazio estacionado. O que varia é a paisagem em frente do carro e a cor: vemos imagens de uma área suburbana, vivendas, vedações, árvores e plantas. A capa é, em todos os casos, muito bela, visto que a fotografia consegue captar o sentimento de nostalgia, certamente desejado pela banda.









Joshua Tree, 1951...um filme sobre James Dean


Teaser Trailer do filme sobre James Dean que está neste momento em fase de produção e tem estreia prevista para 2011.

Dean fez apenas três filmes (relevantes) como actor, A Fúria de Viver, A Leste do Paraíso e O Gigante, mas, mesmo assim, e talvez por isso, adquiriu um estatuto de estrela inegável e eterno ícone do cinema.

Parece tratar-se de um filme muito interessante, filmado num belo preto e branco. Pelo que li vai abordar a vida sexual de Dean de forma muito aberta, falando da sua suposta bissexualidade.

Espero que os estúdios americanos consigam criar um filme digno do grande homem que imortalizou a frase:
Dream as if you'll live forever. Live as if you'll die today

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Discos da Minha Vida - 4

New Order - Movement (1981)

Avatar


Filme mais esperado de 2009 realizado por James Cameron e interpretado por Sam Worthington, Zoe Saldana e Sigourney Weaver.


É um filme muito importante na história da 7ª Arte, sem dúvida o mais importante da década, embora esteja muito longe de ser o melhor (Haverá Sangue, Grizzly Man…). Trata-se de uma película absolutamente revolucionária, visto que usa o 3-D de uma maneira nunca antes vista. Ver esta obra em 2-D não faz grande sentid, a razão pela qual se trata do filme mais inovador da década é o 3-D…


Neste filme os produtores devem ter pensado que se fizessem uma coisa bonita (esteticamente), a história poderia ser a coisa mais ridícula alguma vez contada e as pessoas iriam gostar na mesma…foi mais ou menos isso que aconteceu. Claro que a história tem a sua piada e não é o argumento mais ridículo de sempre, mas algumas das “deixas” deixam muito a desejar. Não houve grande cuidado em criar uma história profunda e com sentimento. A magia do cinema é contar histórias, histórias interessantes. A história deste filme não é nada inovadora, não nos faz pensar em nada de interessante e, simplesmente, mantem-nos entretidos durante duas horas e meia (isso não é mau, antes pelo contrário, mas os standards daquilo que é entretenimento andam muito baixos).






O filme fala de um jovem paralítico que é levado para um planeta onde interagirá com os seres estranhos que aí habitam. Para isso é induzido num sono esquisito (coisa à Hollywood). Acaba por se apaixonar por uma alienígena que, por acaso, é a filha do chefe do clã (Hollywood ao CUBO!).


A história, como disse, não passa de uma colagem de clichés ridículos muito em voga no cinema americano. Algumas das falas das personagens são rídiculas ao ponto de deixar o espectador desconfortável (era suposto ter piada?)…


Agora vamos ao que interessa. Do ponto de vista visual o filme é estonteante e não pode deixar ninguém indiferente. Aquilo que eu vi com aqueles óculos foi LINDO…é raro verem-se filmes tão belos, com tanta cor, com tanto brilho, com acção e lutas tão bem filmadas. A beleza visual deste filme deixa qualquer espectador boquiaberto. Avatar é um filme que ninguém devia ver sem ser no grande ecrã.






Ainda que seja um acontecimento na História do Filme, acho que este não vai ser o futuro do cinema. Eu vou ao cinema para ser catapultado para outras dimensões. Avatar é capaz de me transportar para um mundo diferente, mas apenas fisicamente. Eu senti aquilo que se estava a passar, mas não o vivi. Há filmes que podem ser vividos. Podiam mencionar muitos. Escolho um do meu realizador preferido, 2001: A Odisseia no Espaço, esta grande obra-prima do cinema transporta-me para outra dimensão, mas fá-lo do ponto de vista espiritual. Eu vivi completamente esse filme, deixei que ele tomasse conta de mim e me fizesse saltar de dimensão. É, sem dúvida, um filme maior que a vida. Avatar não consegue operar do ponto de vista espiritual. As personagens não têm sentimentos, não se envolvem, não “conquistam”…A máquina Hal 9000 de Stanley Kubrick tem mais sentimentos que aquela tripulação ridícula toda junta. Mas também…Kubrick foi um dos Deuses do cinema, enquanto Cameron é apenas mais um desses fantoches de estúdio. Infelizmente já não se fazem Homens como o Kubrick…


Resumindo: enquanto a tecnologia não estiver ao serviço da arte o 3D, os efeitos especiais e todos os avanços tecnológicos não vão servir de muito...Para haver bons filmes é preciso haver sentimento...A Avatar falta-lhe isso e, caso tivesse, até poderia ser um grande filme.


Caso apareça outro filme do género (tenta ser bom só porque tem uns efeitos especiais bacanos) eu vejo outra coisa…


7/10


P.S.: O próprio Francis Ford Coppola, realizador de Apocalypse Now, corrobora as minhas palavras como descobri nesta entrevista feita ao cineasta norte-americano pelo crítico português João Lopes:
João Lopes: Sente-se atraído pelo formato de três dimensões?
F.F. Coppola: "Acho que é uma brincadeira. No essencial, o 3-D não mudou desde os anos 50, continua a ser com óculos. Não passa de uma tentativa patética dos estúdios para combater a pirataria, os downloads e outras formas de entertainment como o desporto. Alguém acredita que o 3-D pode melhorar uma má história?"

Embora não concorde com tudo, assino por baixo a última frase de Coppola.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Discos da Minha Vida - 3

Velvet Underground - Velvet Underground & Nico (1967) 

O Vagabundo de Rainer Werner Fassbinder


Vi esta interessante curta-metragem no youtube, logo após ter visto Querelle, do mesmo realizador. Der Stadtstreicher, O Vagabundo, é o primeiro filme de Fassbinder (primeiro disponível, visto que This Night se perdeu no tempo), Querelle, por seu lado, é o último trabalho do cineasta. Pessoalmente defendo que a obra de um realizador deve ser vista por ordem cronológica, porque é dessa forma que os cineastas fazem os seus filmes. Confesso que não gostei muito de Querelle, mas, como Fassbinder se trata de um realizador muito interessante, decidi procurar as suas curtas no youtube. E não é que encontrei um filme espantoso?


(O único diálogo do filme, quando ele vai ao apartamento da rapariga, que supostamente não conhece é muito simples:
-Posso usar a casa de banho? - Pergunta o homem.
-Para quê? - Replica a mulher
-Para me suicidar - A mulher fecha a porta e, à parte deste, o filme não tem mais diálogos.)




Der Stadtstreicher é um filme poderoso sobre um zé-ninguém que encontra uma arma no chão. Fantasia com o suicídio numa sequência provocante e muito bem filmada em que o poder da imagem é explorado até ao limite. O onirismo dessa cena é deveras espantoso.  O Vagabundo dança num fundo brilhante, livra-se da mala, tudo o que tem, e dá um tiro na cabeça. Seguidamente começa a acariciar-se com a pistola. Vê-se apenas a sua silhueta e o eterno azul do céu reflectindo o tom sonhador da cena. Na sequência seguinte o homem está pregado a uma parede de um estábulo, numa estranha comparação do vagabundo com Jesus Cristo. Tendo decidido suicidar-se, o vagabundo tinha que arranjar um sítio para pôr em prática os seus desejos. Em primeiro lugar dirigiu-se a casa de uma desconhecida e perguntou se podia usar a casa-de-banho para se suicidar, numa sequência irreal e engraçada. Depois de lhe ver ser negada a possibilidade de se matar numa casa de banho privada (a mulher dá-lhe uma fatia de pão, que mostra claramente o desinteresse que ela tem pelos problemas do homem), o vagabundo vai a uma casa-de-banho pública, mas também aí vê o seu sonho tolhido. Vai para um jardim, senta-se num banco, está decidido a fazê-lo ali, mas duas pessoas bem vestidas roubam-lhe a arma e começam a brincar com ela (as pessoas vulgares que brincam e gozam com os problemas do alienado).

Toda a magia e poesia destas imagens deixaram-me embasbacado. Também o som é usado de forma interessante com o uso do ruído da cidade conjugado com música clássica e silêncio. Um realizador bastante jovem, 21 anos, a ser capaz de tamanha complexidade num filme de baixíssimo orçamento é raríssimo.


Esta curta-metragem é a homenagem de Fassbinder áquele que, na altura, era o seu filme preferido, Le Signe du Lion de Eric Rohmer.

A página do Imdb para o filme: http://www.imdb.com/title/tt0061023/

Konstantin Bronzit

Gostava de falar aqui de um realizador que conheci há pouco tempo...

Trata-se de um dos cineastas russos mais interessantes da actualidade. Realiza filmes de animação bastante originais e muito bem feitos. Exceptuando "The God" todos os filmes de Bronzit são feitos pelo método tradicional, ou seja, em vez de usar o computador para criar os desenhos, o cineasta pinta-os manualmente.

A sua obra é constítuida por mais de 6 curtas e uma longa-metragem.

Ainda não tive a oportunidade de ver a sua longa-metragem, mas as curtas que vi apresentam um cineasta de qualidade. Os temas abordados nas suas obras são pouco claros, por vezes abstractos, mas têm sempre um toque surreal e mágico.

A sua curta "Lavatory Lovestory" esteve nomeada para Oscar de Melhor Curta de Animação:


A minha preferida é Die Hard, uma acutilante crítica ao cinema americano e à violência presente nos filmes de "hollywood". Pode-se ver aqui:


Link para "Die Hard"

Outro filme muito bom e esteticamente maravilhoso é "Au Bout Du Monde". Nesta curta tudo parece magistralmente sincronizado....O link está em baixo...:

Link para "Au Bout du Monde"

Como eu defendo que a obra de cada cineasta deve ser vista por ordem cronológica (porque foi assim que eles fizeram...) deixo o link para a sua curta de estreia, "Pacifier":

Link para "Pacifier"

Para mais informações vejam a página do cineasta no site Imdb:

Bronzit no Imdb



quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Discos da Minha Vida - 2

Pink Floyd - The Dark Side of the Moon (1973)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Discos da Minha Vida - 1

Joy Division - Closer (1980)

Peter Hook e Joy Division em Paredes de Coura

Peter Hook
30 de Julho de 2010.
Concerto formidável, proporcionado por um dos membros dos Joy Division, numa homenagem a Ian Curtis, 30 anos depois do seu falecimento. A noite estava quente e o ambiente fantástico. Os espectáculos haviam começado há cerca de duas horas com um excelente concerto de “The Tallest Man On Earth”, um projecto de um cantor sueco, que canta a solo com a sua guitarra num jeito muito folk, fazendo lembrar Bob Dylan e Woodstock. Depois desta actuação vieram os Paus, uma banda portuguesa que meteu toda a gente aos saltos num concerto de inegável qualidade. Seguiram-se os Courteneers, mas tiveram uma prestação fraca e francamente desinteressante. O concerto que se seguia era o de Peter Hook. No intervalo entre os espectáculos os fãs de Joy Division aproveitaram para se chegar à frente exibindo camisolas de Ian Curtis e de Unknown Pleasures. Um pano negro desceu com o símbolo do primeiro álbum da banda, aquele que Peter Hook tocaria nessa noite, Unknown Pleasures. A tarde havia acabado, o céu estava escuro, Peter Hook parecia ter trazido para Paredes de Coura as nuvens negras de Manchester e o espírito dos Joy Division. O baixista da mítica banda começou por cantar “No Love Lost” e “Glass”. Depois destas duas músicas fiquei com alguma apreensão, com medo de que o concerto fosse bastante mau, mas o pior havia passado. Depois destas duas canções Hook cantou a icónica Digital, a última que Ian Curtis cantou ao vivo. Desta feita não desiludiu e cantou com extrema qualidade os versos “Don’t fade Away, I need you here today!”. De seguida cantou, como anunciado, o magistral álbum Unknown Pleasures com os pontos mais altos em She’s Lost Control, New Dawn Fades, Insight e Shadowplay. No fim de I Remember Nothing, Hooky e a sua banda deixaram o palco, mas o regresso era mais que óbvio…”They gave me 5 minutes, but fuck it!” – disse Hook depois de regressar ao palco 30 segundos depois de ter saído. Os acordes iniciais de Transmission deixaram o público em polvorosa e o conhecido moche era inevitável. O grande momento da noite estava guardado para o fim quando a banda tocou o tema mais esperada de todo o festival, Love Will Tear Us Apart. Ninguém ficou indiferente até porque o eco desta canção perdurou até ao final da noite.


O pior do concerto foi mesmo o facto de a música Atmosphere, a melhor da banda, na minha opinião, não ter sido tocada…

Não foi Joy Division, para isso faltou o singular Ian Curtis, mas não deixou de ser um maravilhoso espectáculo de alta qualidade. Peter Hook esteve, por vezes, desafinado, mas fica perdoado por ter trazido de volta o espírito dos Joy Division criando um clima de incrível nostalgia.

domingo, 12 de setembro de 2010

The Eternal


Natalie Curtis

Outro dia estava a ouvir o álbum Closer e questionei-me o que sentirá Natalie Curtis, a filha de Ian, ao ouvir estes versos:

Cry like a child, though these years make me older,
With children my time is so wastefully spent,
A burden to keep, though their inner communion,
Accept like a curse an unlucky deal.

Sabemos que Ian Curtis ficou muito deprimido após o nascimento da sua filha e que o aparecimento desse fardo pode ter sido uma das causas do seu suicídio. Hoje em dia, quando Natalie ouve esta música, The Eternal, que lhe é claramente dirigido, deve sentir uma enorme frustração, um sentimento de estar a mais e ter sido a causadora da morte do pai...

There is no New Wave, Only the Sea - Chabrol (1930-2010)



Mais uma grande figura do cinema que parte em 2010.

Depois de Dennis Hopper e Eric Rohmer, Chabrol morre aos 80 anos em Paris. Este cineasta foi uma das mais importantes figuras daquilo a que se chama Nouvelle Vague.

Não conheço a sua obra, portanto não me vou pronunciar, mas conheço uma frase muito bonita de Chabrol:

There is no New Wave, only the Sea.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

On the Road de Jack Kerouac no cinema



O famoso o romance do escritor da beat generation Jack Kerouac vai ser adaptado a cinema pela primeira vez ao cinema pelo cineasta brasileiro Walter Salles. Nos anos 60 foi feita uma série de televisão baseada no livro, mas esta produção americana parece apostar a sério na realização de um grande filme, para isto basta olhar para o excelente leque de actores:
-Sam Riley (Ian Curtis em Control), para o papel de Sal Paradise
-Viggo Mortensen (Aragorn em O Senhor dos Anéis) como Old Bull Lee
-Kristen Stewart como Marylou
-Garrett Hedlund como Dean Moriatry
Outros nomes mais ou menos sonantes estão também associados ao projecto, é o caso de Steve Buscemi, Alice Braga, Kirsten Dunst e Amy Adams.

Aguardo com ansiedade a estreia do filme que já está a ser filmado.